A distância entre eleitos e eleitores é cada vez maior;
O voto tornou-se uma ferramenta utilitária e a representação política uma forma de legitimar a corrupção e a promiscuidade político-económica endémicas ao próprio sistema de decisão. O poder de influência dos lóbis, institucionais e não institucionais, é de tal forma descarada que premeia alternadamente os irmãos dos partidos.
A comunicação social
Supostamente o 3º poder, denunciador dos podres socio-políticos, passou a ser escrava destes. É notória a concentração de capitais neste sector e a consequente filtragem de conveniência nas denúncias públicas dos atentados à República. Os nossos jornalistas são sujeitos a filtros estratégicos por dependência financeira.
O poder legislativo
Não está ao serviço dos eleitores e apresenta-se submisso ao poder executivo com o intuito de tirar os respetivos dividendos aspiracionais. O poder judicial está falido há décadas e esquece-se da independência que o deve caracterizar, dando lugar a um positivismo hipócrita e dilatório, permitindo que os homens de poder possam sair ilibados de crimes graves e o comum dos mortais, punido severamente.
O poder Judicial
A justiça está com demasiados formalismos; Aplica-se o direito e perdeu-se a noção de justiça. Acresce a complexidade, custo e morosidade da mesma, influênciando negativamente a economia e a pacificação social.
O poder executivo
Está por demais dependente de interesses que não os de serviço público. Esta nuvem terrífica é suficiente para derrubar os animus mais nobres; A Confiança na escolha e no caminho traçado não existe porque o endividamento corrente é uma verdadeira prisão. Quem o permitiu tem que ser sancionado porque, ao gerir os nossos recursos, humanos e sociais, não foi transparente e abusou das suas competências.
O contrato social está falido.
Não existindo um justo equilíbrio entre a força de trabalho e o capital. A Educação é hoje a plataforma para novas escravidões socioprofissionais; O país está fraturado entre novos escravos que não têm emprego (18 aos 40), velhos escravos que não têm certa a sua reforma garantida (mais de 65) e uma terceira facha etária ( 40 aos 65) que tentam fazer a ponte comunicacional entre as anteriores. A Demografia nunca teve uma política consistente em termos de natalidade e distribuição geográfica.
Em suma:
Todos estes graves problemas estruturais estão nas mãos de um não-critério de vozes demagógicas que já provaram não ter competência, sensibilidade social e sentido de missão.
É neste contexto político-social que o Movin aparece como movimento político interventivo. Tem o intuito de juntar a grande franja de indignados, maioritariamente abstencionistas ou bandeirantes do voto útil.
CONTEXTO
Desde o 25 de Abril que Portugal tem vindo a ser uma República vulnerável aos poderes económico e político, pouco atenta à sustentabilidade social, política e financeira. Tem sido evidente a cartelização entre os dois partidos que alternaram o poder. É promíscua e apresenta-se a montante de muitos outros cartéis, nomeadamente nos sectores da energia, da comunicação, da banca, das empresas públicas, Institutos e fundações públicas e privadas. (Este fenómeno é tão evidente que foi denunciado pelo ex-presidente do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa, na Universidade de Verão,2012, do seu próprio partido)
Pensamos
A nossa linha de pensamento é eclética, tolerante e procura consensos
Procuramos diagnosticar os entraves que se colocam à democracia e apresentar soluções alternativas e responsáveis. O caminho faz-se caminhando. Vamos procurar atrair para as nossas ações e reflexões elites de conhecimento de forma a credibilizar os nossos conteúdos e fazer a ponte com a sociedade.