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Sustentabilidade

A crise económica é uma crise da democracia, mas que permite ao mesmo tempo a oportunidade de revitalização da política. Chegamos a um ponto de viragem em que teremos de definir uma nova visão de progresso baseado na justiça, sustentabilidade e segurança. Os valores de liberdade, igualdade, solidariedade e sustentabilidade prometem um mundo melhor. Teremos de ter uma visão de uma economia mais igualitária, que criará um futuro mais seguro e justo em que  a democracia terá de ser renovada e aprofundada. Teremos de ter a capacidade de construir instituições políticas que criem um sentimento de pertença numa sociedade justa; um ideal de mundo melhor expressa nos movimentos sociais locais e globais envolvidos em questões políticas e de solidariedade social – uma política coletiva e campanha entre as pessoas. Teremos de criar confiança e desenvolver a partir da sensação de segurança e de pertença para que cada um tenha o direito de atingir o seu próprio caminho como ser individual e coletivo. Pois num mundo globalizado a solidariedade não tem fronteiras.

Apesar da desilusão com os partidos políticos, existem níveis extraordinários de ativismo políticos, culturais e comunitários…. Estes desenvolvimentos estimulam uma procura de novos tipos de estruturas políticas democráticas, que restabelecem a ligação entre as instituições do poder político com os movimentos sociais. O poder tem de começar de baixo para cima: só os cidadãos o podem fazer por si. É necessário criar e consolidar a confiança política na vida pública. A confiança é a base de toda a ação política e social e nada melhor que aprofundá-la cativando aos cidadãos para objetivos e decisões comuns, iniciando um compromisso com o debate aberto.

Em suma uma sustentabilidade social que vise o bem-estar da sociedade de hoje e a de amanhã em iguais medidas e assente em determinados pressupostos:

- Restaurar a primazia das políticas ao rejeitar a subordinação aos interesses políticos e económicos;

- Tornar o Estado democrático uma entidade mais transparente, responsabilizando-a ao mesmo tempo que se reforçam as instituições democráticas a todos os níveis;

- Ampliar e defender as liberdades civis individuais, reafirmando os interesses do bem comum nas várias vertentes humana;

Como objetivo último - implementar um Desenvolvimento Sustentável onde um modelo económico, político, social, cultural e ambiental satisfaça as necessidades atuais  sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazer os seus próprios anseios.

​Existe uma falha da democracia e da sociedade na regulação e gestão do poder de mercado. Neste momento de crise é necessário rejeitar a tentativa de voltar à forma habitual de fazer e gerar negócio de crescimento insustentável, desigualdades e ansiedades económicas e sociais. Existe um futuro incerto e cheio de ameaças. Mas é também um momento de oportunidades e de compromissos: revitalizar os objetivos comuns e cumprir o sonho de liberdade e igualdade para todos. No fundo, encarar estas ameaças e entender que esta promessa exige uma nova abordagem política. Uma abordagem política sobre a democracia, comunidade e pluralismo. Democrática porque só a livre participação de cada indivíduo  pode garantir a verdadeira liberdade e progresso; coletiva porque se baseia no reconhecimento da interdependência e interesse comum; pluralista porque só através de uma diversidade de instituições políticas, formas de atividade económicas e de entidades culturais e individuais a sociedade se pode orientar para criar um mundo melhor.

MovIn©2012

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